A dança que atrai mulheres que buscam qualidade de vida e maior sensualidade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de abril de 2020 às 19:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:34
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Em alguns casos, a dança de ventre traz melhorias em doenças como depressão, ansiedade e obesidade

Uma atividade que tem despertado atenção das mulheres em Franca e região envolve uma arte milenar: a dança do ventre.

Ela acontece em algumas escolas e espaços de danças, explica uma das principais professoras dessa arte na cidade, Ana Paula Mabruk.

Ela revela que a dança tem sido praticada por pessoas de várias idades. Desde crianças até mulheres da terceira idade, que utilizam a arte para maior qualidade de vida. 

Em alguns casos, a dança de ventre traz melhorias em doenças como depressão, ansiedade, doenças crônicas causadas pela obesidade.

Também aumenta a  flexibilidade, aprimora a coordenação motora, ativa o sistema linfático, aumenta a circulação sanguínea, alivia cólicas, otimiza o condicionamento físico aeróbico, causa relaxamento,  bem estar, resgata a feminilidade, desperta a sensualidade.

Em atividade em Franca há 6 anos, Ana Paula destaca que a dança está atraindo mulheres de toda a região, como Cristais Paulista, Pedregulho, Rifaina, Uberaba, Patrocínio Paulista, Ituverava, Batatais entre outras.

Depoimentos 

Márcia Barbosa, 18, anos, que pratica a dança há 6 meses, diz: “Com a Dança do Ventre consegui diminuir o uso de ansiolíticos e antidepressivos“.

Joseane Doro, 48  anos, ressalta que a dança do vente é essencial em sua vida. Destaca que a aceitação do seu corpo, a se olhar como uma mulher bonita, sedutora  foi alguns dos benefícios mais importante”. 

Bruna Rafaela, 24 anos, diz:” A Dança do Ventre me ajuda na questão de vencer a timidez e elevar a autoestima”.

Elizabeth Lourenço, 50 anos, diz: “A Dança do Ventre me trouxe paz no espirito e alegria na alma, ótimo exercício para o corpo”.

Stella Camargo, 17 anos , diz: “A Dança do Ventre fez eu me reconhecer como mulher, ter autoestima e deu um gosto doce na minha vida”.

Raffa Voss, 22 ano , diz:” Sou apaixonada pela arte da dança, me traz felicidade e autoestima”.

Maria Fernanda, 18 anos, diz: “A Dança do Ventre me fez encontrar o amor próprio”.

Amanda Pelizaro, 22 anos, explicou: “A dança me fez renascer para a vida e conhecer o mais lindo e profundo sentimento de amor por mim”.

Ana Beatriz,  diz: “A Dança do Ventre me ensina muito sobre união, sobre superação e a vencer os medos e desafios que aparecem na nossa frente”.

Como surgiu a Dança do Ventre

Nos primórdios, essa dança era ritualista, uma adoração à fertilidade, ela não tinha os aspectos que atualmente são características, como figurino, dança, show.

A Dança do Ventre é uma arte milenar sobrevivente. A teoria mais aceita é que ela teve origem no Egito. 

Ela sofreu algumas influencias dos Europeus, dos norte-americanos, transformando-se em entretenimento. 

Entretanto, alguns povos mantem as tradições e costumes, dançando essa arte segundo o folclore de cada região. Essa cultura árabe esta presente em vinte e dois países.

O primeiro contato dos europeus foi através de Napoleão, que fez uma expedição pelo Egito. Umas de suas descobertas foram as ghawazee  dançarinas de rua, que usavam vestimentas da região. Elas era mulheres livres que usavam muitos acessórios. 

Eles também ficaram sabendo das awalim que viviam nos haréns, lugar seguro para a família dos sultão. Provavelmente nunca foram vistas por estrangeiros.

As influências que a dança sofreu foram através da introdução dos passos de balé e outras modalidades. Já Hollywood impulsionou a sedução da Dança do Ventre em seus filmes.

Uma característica dos povos árabes é a separação do que é publico e privado. A dança sedutora é voltada para o privado, entre o casal. Já em publico, por exemplo, são as danças populares, como o baladi.


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