Bispo de Franca diz que igreja suspenderá missas, mas que ‘Povo sente falta’

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de junho de 2020 às 12:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:50
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Segundo o bispo, experiência feita, das missas com número limitado, obedecendo as normas, foi tranquila

Após a Justiça proibir a realização de celebrações religiosas em Franca, em meio à pandemia do novo coronavírus, o bispo da Igreja Católica na cidade, dom Paulo Roberto Beloto, disse que as 23 paróquias e as capelas vão seguir a decisão e suspender missas, mas que os fiéis sentirão falta das celebrações.

“Nós, como igreja, somos obedientes e acolhemos com muita tranquilidade. É claro que o povo sente falta, porque a experiência que nós fizemos, das missas com número limitado, obedecendo todas as normas, foi muito tranquila, não tivemos aglomeração. Mas nós continuamos evangelizando do nosso jeito”, disse o bispo.

Em decisão na quarta-feira (10), o juiz da Vara da Fazenda Pública, Aurélio Miguel Pena, acatou um pedido do Ministério Público (MP) e suspendeu os efeitos de um decreto municipal que permitia cultos com capacidade reduzida desde o início do mês, mesmo diante de orientações contrárias do estado.

A Prefeitura de Franca cumpriu a decisão e publicou na quinta-feira (11) um decreto comunicando a medida em edição extra do Diário Oficial.

“Essa decisão judicial é muito importante, porque em tempos de crescimento da curva de infecção no município, não se pode dar ao luxo de desobedecer as regras sanitárias que são colocadas”, explica o promotor Eduardo Tostes.

Segundo ele, “havia um regramento do município que não respeitava a hierarquia de normas. Porque também, com essa liberação precoce, coloca em risco a saúde da população”,

Desde 1º de junho, Franca foi inserida na fase 2, de cor laranja, do programa de reabertura gradual das atividades econômicas do governo estadual, de acordo com números de contágio, internações e mortes da Covid-19 apresentados pelas regiões.

O município deve se manter nessa etapa até 28 de junho, quando haverá nova avaliação do governo de São Paulo. 

A fase ainda não autoriza a reabertura dos templos religiosos, mas a Prefeitura havia publicado um decreto permitindo a realização de cultos com até 30% da capacidade de público.


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