Carros: seguradoras dão descontos e facilitam pagamento da renovação

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 21 de setembro de 2020 às 13:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:15
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Segundo dados da Susep, de janeiro a julho, o Seguro Auto registrou uma arrecadação 5,3% menor

A crise também chegou ao mercado de seguradoras de veículos, que estão oferecendo condições especiais para a renovação dos seguros em meio à pandemia. 

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de janeiro a julho, o seguro de automóveis registrou uma arrecadação 5,3% menor do que a do ano anterior, resultado de descontos oferecidos e menos apólices vendidas. 

Além disso, estão sendo criadas coberturas personalizadas para atender à nova demanda. O momento é de pesquisar e negociar o melhor custo-benefício.

As seguradoras estão sofrendo com a queda nas vendas de veículos novos, que representam ainda a maior parcela de contratações de seguros. A estratégia passou a ser a renovação dos contratos.

“As empresas começaram a oferecer descontos em relação ao valor do ano passado, mais opções de parcelamento e até estenderam o bônus para a renovação fora do prazo. Entendemos que todos estão tentando redirecionar melhor os seus recursos e é preciso dar opções”, afirmou Walter Pereira, presidente da Comissão de Automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

Quem não oferece uma boa proposta perde o cliente. Os corretores de seguros orientam que é preciso comparar as opções de mercado que melhor se adequam ao momento.

“A melhor forma de avaliar se a proposta é mesmo vantajosa é fazer uma comparação de mercado. E é bom ter ajuda de um especialista, um corretor, para avaliar”, diz Fabio Izoton, presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Estado do Rio de Janeiro.

Há clientes que estão, inclusive, questionando se precisam mesmo dessa cobertura, já que estão com os carros parados nas garagens na maior parte do tempo. Os especialistas lembram que seguro é uma prevenção, e os riscos, mesmo que menores, existem. A alternativa pode ser uma cobertura menos ampla.

“Uma tendência é criar produtos com coberturas sob medida para alguns riscos, buscando um custo menor” diz Fabio Izoton.

Escolhendo o seguro

Mesmo com a percepção de que o risco esteja menor, o recomendado é não deixar de fazer o seguro.

“Mesmo para quem não está saindo de casa, há alguns danos e eventos que independem disso. E sempre há o risco de o dia em que sair ocorrer o sinistro. O importante é ver o que realmente precisa. Às vezes, não é exatamente o pacote padrão. Pode-se optar por uma cobertura de valor mínimo, retirando algo que não seja tão necessário”, afirma Paula Sauer, planejadora financeira.

As corretoras estão investindo nessa cobertura personalizada, que pode fazer mais sentido e ser mais econômica, caso não se deseje uma proteção contra tudo. 

Pode-se escolher proteger o bem somente contra roubo, e não contra colisão, por exemplo. Um corretor pode verificar onde é possível cortar custos, já que ele pode entender os riscos envolvendo seu bairro e seu veículo e saber como a empresa avalia isso.

As seguradoras dão cotações diferentes, dependendo da região em que se mora, do carro, do uso e mesmo do sexo do motorista. Então, pode ser difícil avaliar sozinho condições diferentes. O importante é minimizar os principais riscos e encontrar uma apólice que caiba no bolso.

Agora, há também a opção de seguro “liga e desliga”, que só é válida para momentos contratados, não o tempo todo. “Esse tipo de seguro é interessante para quem tem uma utilização baixa dos veículos, mas quem usa mais vai ver que sai caro. Não compensa”, diz Fabio Izoton.

Para manter o segurado, as empresas estão negociando como podem. Em parte, os riscos diminuíram, o que permitiu que as empresas repassarem essa economia prevista. 

O desafio das empresas é conseguir prever esses riscos para passar a cotação mais justa, facilitar o pagamento em parcelas ou oferecer outra opção mais em conta. Mas há espaço para negocia


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