“Curva da Vida” em Rifaina completa 7 anos com índice de mortes quase zerado

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de junho de 2018 às 13:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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“Se eu tivesse conquistado apenas esta obra em meus mandatos, eu já estaria realizado”, diz prefeito

Sete anos depois que o então Governador do Estado de SP, Geraldo Alckmin, o prefeito Hugo Lourenço e o então deputado estadual Gilson de Souza, entregaram a obra que eliminou a fatídica “Curva da Morte”, no km 459 da Rodovia Cândido Portinari, todos comemoram a redução drástica dos índices de acidentes e acidentes com vítimas fatais na Serra de Rifaina.

EM 17 DE JUNHO DE 2011

De 2011 (mais exatamente do dia da inauguração, em 17 de junho de 2011), quando foi entregue em solenidade na Praia de Rifaina, o trecho que hoje é chamado de “Curva da Vida” registrou apenas um acidente com vítima fatal (veja abaixo) e os casos de tombamentos, capotamentos, colisões com feridos foram praticamente zerados.

TRAÇADO ERRADO

De traçado totalmente errado e com apenas uma pista (subida e descida) da serra, a “Curva da Morte” no km 459 da Portinari foi palco de acidentes como o que matou 19 universitários da Unifran e o motorista da empresa Sacratur, de Sacramento, em 2002 e cinco pessoas de famílias tradicionais de Rifaina, há 10 anos, passou a ser chamada de “Curva da Vida”.

A construção de três pontilhões e de uma pista duplicada específica para a descida da Serra (trecho norte) e a utilização da pista sul apenas para subida foi o que acabou com as tragédias que ao longo das décadas mataram mais de 50 pessoas.

Além de três pontilhões, o km 459 ganhou uma pista de 3,4 quilômetros e foi uma das obras mais caras que a região já recebeu.

FALHA OU IMPRUDÊNCIA

“Antes, podemos dizer que o traçado da curva da serra era responsável pela maioria dos acidentes. Hoje só acontecem acidentes graves ou fatais se houver falha ou imprudência humana”, comentou o prefeito Hugo Lourenço.

INVESTMENTO DE R$ 33 MILHÕES

Governo do Estado investiu R$ 33,5 milhões na obra dos três pontilhões que consumiu centenas de horas de trabalho, inclusive com demolições de rochas e construção dos três pontilhões.

LEMBRANÇA DA LUTA

Sempre emocionado, o prefeito de Rifaina, Hugo Lourenço, conta que, a cada acidente com vítimas na Curva da Morte, ele e o então deputado Gilson de Souza, hoje prefeito de Franca, iam a SP e mostravam na Secretaria dos Transportes e no Gabinete do Governador, as notícias das tragédias que ocorriam praticamente mês a mês no local.

“Quando inauguramos a obra, com a visita do Governador Alckmin realizamos um sonho de toda a população, não só de Rifaina, mas também de toda a região. Lutamos incansavelmente, às vezes batia o desânimo, pois as coisas demoravam a acontecer. Mal acreditamos quando recebemos a confirmação de que a obra seria realizada. No dia da inauguração, passou um filme por nossa mente, relembrando todas as vidas perdidas que tivemos que chorar com as famílias naquele local”, conta o prefeito.

UMA VÍTIMA EM 7 ANOS

De 17 de junho de 2011 até o dia em que completou 7 anos de sua construção, o km 459 registrou apenas um acidente com vítima fatal: foi no dia 28/07/2013, com um caminhão de Leme (SP) que perdeu os freios na descida, matando o ajudante do motorista que foi socorrido e milagrosamente se salvou.

Por coincidência, no começo deste ano outro acidente também envolveu um caminhão de cerâmica, que perdeu os freios e tombou pouco abaixo do radar na pista norte. O motorista sofreu ferimentos e neste caso não houve vítima fatal.

MORTES QUE MARCARAM

Em 2002, um ônibus que transportava estudantes universitários caiu na ribanceira ao tentar fazer a curva. O veículo seguia de Franca para Sacramento. Vinte morreram. Foi Geraldo Alckmin que, à época, determinou a busca de solução para o fim da curva.

Seis anos depois, em março de 2008, a colisão de um caminhão carregado com pisos contra uma Perua Kombi resultou na morte de cinco moradores de Rifaina.

O desastre trouxe o problema novamente à tona e, em agosto de 2009, começaram as obras de construção da nova pista. 

“Há muitas mortes para lamentar, infelizmente de um período negro e triste para todos nós, pois tudo fugia do controle do poder público, até que a solução real aconteceu, com a divisão das pistas, a construção dos pontilhões e o aumento da segurança para os motoristas. Hoje, se todos obedecerem às leis de trânsito e a sinalização da rodovia, temos condições de zerar as mortes totalmente naquele trecho”, finaliza o prefeito Hugo. 


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