​Grupo da construção civil adota medidas para reduzir impactos do Covid-19

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de abril de 2020 às 10:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:35
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Empresas priorizaram atitudes emergenciais, como a atuação de quase 100% em home office

Após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar em 11 de março, o grau de disseminação do coronavírus (covid-19) como pandemia no Brasil, muitas empresas estão tomando medidas cautelosas e emergenciais para impedir que a doença se propague. 

No Estado de São Paulo há o exemplo do grupo formado pelas construtoras Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial Construtora e Incorporadora, com atuação em várias cidades do interior.

O grupo implementou um plano de contingência  com medidas preventivas que envolvem todo grupo de stakeholders, principalmente colaboradores, clientes, parceiros e fornecedores – prática para evitar a disseminação do coronavírus.

Entre as medidas preventivas e emergenciais está o isolamento de quase 100% de seus colaboradores (com passagens esporádicas ao escritório) de todas as unidades corporativas no interior de São Paulo.

A operação foi planejada após ter sido comprovado o avanço da transmissão comunitária da doença, no dia 13 de março, inicialmente nas capitais dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Diante deste cenário no país, o grupo montou uma equipe de gestores durante o final de semana, nos dias 14 e 15 de março, para definir estratégias e encontrar soluções. 

A estruturação prática ocorreu em 48 horas: desde o dia 16 de março, segunda-feira, momento crítico para a sociedade brasileira quando começaram a ser divulgados novos decretos oficiais pelos órgãos competentes nas esferas nacional, estadual e municipal.

A primeira norma no país foi decretada pela Lei 13979/2020 e se refere às medidas para enfrentamento para emergência de saúde pública de importância internacional, decorrente do covid-19, responsável pelo surto de 2019. 

Diante disso, a alta diretoria da empresa já vinha planejando ações e discutindo internamente possíveis soluções para serem implantadas, no momento oportuno.

O grupo adotou o formato home office, que já fazia parte da cultura das duas companhias, em todas as unidades corporativas nas cidades que atuam. 

Para que a operação funcionasse sem interrupções e falhas em toda sua cadeia, gestores da empresa contaram com suporte da área de TI (Tecnologia da Informação) para a operacionalização incluindo áreas como SAC, cobrança, entre outros.

Segundo Adriana Luz, diretora de gestão de pessoas do grupo, a estratégia deu certo e está funcionando sem falhas, apesar do grande número de colaboradores corporativos, pois o home office já era uma realidade nas empresas. 

“Assim que começou o movimento de disseminação do covid-19 vimos que, de alguma forma, íamos ter que parar as operações com muitas pessoas envolvidas”. 

“Os diretores conversaram sobre isso e tomaram a decisão de fazer o home office para evitar propagação, além de tomar precauções com os clientes”, conta. 

Com a equipe em home office, as companhias adotaram também o acolhimento e apoio psicológico a todos os colaboradores do grupo de risco que estão em casa e que passaram a ter acompanhamento individual para identificação de apoio médico, assistência com alimentos e medicamentos.

Para cumprir as determinações emergenciais, as construtoras têm tido um apoio grande do setor de TI – tanto para o programa de home office funcionar quanto para outras atividades planejadas para plataformas online. 

“Há uma colaboração muito grande da área de infraestrutura e de tecnologia”, destaca Adriana Luz.

Clientes

Nas centrais de negócios das duas construtoras, locais destinados a atendimentos a clientes, eles podem ser feitos 100% online – da escolha do imóvel e atendimento até envio de documentação e assinatura digital – ação pioneira no País e que está funcionando. 

Em caso de necessidade de algum encontro presencial, será realizado agendamento individual com hora marcada e uso de kit com álcool gel 70º, além de medidas como distanciamento, etiqueta respiratória e nova conduta para cumprimentos – sem abraços, beijos e aperto de mãos.

Outra medida preventiva foi a postergação de todos os eventos e atividades com clientes e público externo que estavam agendados para março e próximos meses, sendo readequados conforme a situação do País se normalizar. 

Em relação às vistorias dos apartamentos prontos e outras atividades relacionadas aos clientes que necessitam da presença em alguma ocasião, elas estão sendo realizadas individualmente, seguindo todos os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde). 

“Em uma situação de vistoria, por exemplo, pedimos que o cliente não vá acompanhado. Nossa equipe está orientada a seguir todos os protocolos de segurança e ainda a manter as janelas e portas abertas”, alerta Alexandre Rago, gerente executivo de Experiência do Cliente das duas empresas. 

Segundo ele, a empresa ainda sugere aos clientes que questão no grupo de risco posterguem o agendamento ou enviem no seu lugar outra pessoa devidamente elegível.

“Não podemos colocar a saúde das pessoas em risco, por isso, precisamos ser criativos na busca por soluções alternativas de modo que nossos clientes não sejam impactados”.

As empresas também enviaram comunicados para os clientes e síndicos sobre guia de boas práticas de prevenção e um guia de como as atividades da jornada (visita a obra, vistoria, entre outras ações) estão sendo realizadas – na maioria dos casos, individualmente e seguindo todos os padrões de higiene. 

Outra ação foi oferecer contação de histórias online para o público infantil, filhos de clientes das empresas.


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