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​Iraci Vrech, de 87 anos, estava em casa com a criança quando sofreu uma arritmia cardíaca. O menino ligou para a família e, com orientações por vídeo, prestou primeiros socorros.

Dona Iraci Vrech, de 87 anos, é uma idosa ativa. Gosta de cozinhar, fazer crochê e cuidar das plantas. Não tem problemas de saúde, mas levou um susto ao sofrer uma arritmia cardíaca na sexta-feira (31), dentro de casa, em Monte Alto (interior de SP).

Os olhos de Iraci fecharam lentamente, o corpo foi tomado pela tontura e a pele ficou pálida. No momento, a idosa tinha a companhia somente do bisneto Arthur Caetano, de 5 anos, que imediatamente correu para salvar a bisavó.

O menino pegou uma cadeira com almofada, ajudou Iraci a se sentar, pegou o tablet e começou a fazer chamadas de vídeo com os familiares da lista de contato, até localizar uma tia e, com as orientações dela, prestou os primeiros socorros à bisavó.

“Percebi que ele estava ofegante. Ele falou: ‘Madrinha, SOS, ajuda’. Falei para ele para deixar eu ver a bisa pela câmera e ele ia fazendo tudo que eu falava”, relata a tia do pequeno, a psicóloga Graziela Maria, que vive na capital paulista.

Após prestar o apoio de urgência à dona Iraci, Arthur recebeu ajuda do pai e da avó, que foram até o sítio da família e levaram a idosa ao hospital. Ela ficou internada por dois dias e recebeu alta médica, sentindo-se agradecida pelo carinho do bisneto.

“Não falei para chamar o pai ou a mãe. Não falei nada. Foi da cabeça dele”, diz a aposentada, surpresa com a esperteza do bisneto.

A anestesista Mara Rosalina, que fez o primeiro atendimento à dona Iraci no plantão hospitalar, diz que, se não fosse a atitude de Arthur, a idosa poderia ter morrido, já que a arritmia interrompe o fluxo do sangue até o cérebro e faz a pessoa desmaiar, cair no chão e, eventualmente, bater a cabeça.

“Se ela estivesse sozinha, não teria sobrevivido. A gente pode dizer que ele teve mesmo essa atitude que salvou ela. A gente pode afirmar isso mesmo”, diz a médica.

A idosa ainda deve passar por outros exames, mas já pôde voltar para casa no domingo (2). A principal lembrança do susto, para ela, foi o atendimento surpresa que recebeu. Enquanto estiver na companha do pequeno Arthur, dona Iraci diz que se sente segura.

“Ele foi um anjo do meu lado. Além de ser meu neto que amo tanto, ele foi um anjo que me salvou. Se não fosse ele, eu não sabia o que ia acontecer comigo”, diz. As informações são do portal G1.

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