Pets ativos e saudáveis na quarentena: Como manter as regras com o isolamento?

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  • Publicado em 7 de abril de 2020 às 15:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:34
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Brincadeiras lúdicas dentro de casa, além de cuidados redobrados com a higiene estão entre as recomendações

Em
tempos de quarentena, mudanças de rotina são de suma importância e a situação
também afeta os animais de estimação. 

Passeios na rua são necessários, mas
devem ter duração reduzida e é preciso tomar alguns cuidados na volta para a
casa, orienta a veterinária Adriana Souza do Santos, da AmahVet, clínica
veterinária.

Segundo
ela, uma mudança abrupta na rotina do animal não é recomendada, pois pode
causar estresse ao bichinho, sobretudo se o pet não faz as necessidades dentro
de casa.

“Um cão, por exemplo, que tem uma rotina de sair e fazer as
necessidades durante o passeio, ao simplesmente deixa de ir passear, pode se
recusar a fazer coco e xixi dentro da casa ou quintal. O problema é que, assim
como ocorre com os seres humanos, conter as necessidades fisiológicas por muito
tempo pode causar infecções prejudiciais à saúde”, alerta.

Por
isso, segundo a especialista, não podemos isolar os pets ou deixar de manter
contato com eles, salvo se o tutor for diagnosticado com coronavírus. 

“Cães e
gatos não transmitem COVID-19 para os humanos de forma direta, mas se uma
pessoa estiver com o vírus nas mãos e acariciar o pet, outra pessoa que tiver
contato com o mesmo animal poderá se infectar”, explica. 

“Por essa razão, todo
método preventivo é válido, além disso não descartamos a possibilidade de uma
nova mutação desse vírus, capaz de ser um potencial zoonótico entre pets e
seres humanos no futuro”, salienta.

Veja
abaixo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação
Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais  (World Small Animal
Veterinary Association – WSAVA):

1
– Passeios com os pets devem ser mais breves e o tutor deve procurar áreas ao
ar livre e sem aglomeração de pessoas;

2
– Recomenda-se evitar o contato com outros tutores e outros pets quando sair;

3
– O mais indicado é que apenas um tutor fique responsável por passear com o
cãozinho;

4
– Se o animal tiver apenas um tutor e este estiver infectado, o ideal é que o
pet fique na casa de um familiar ou amigo de confiança;

5
– Ao voltar dos passeios, passe um lenço umedecido no pelo e nas patas do
animal. Existem lenços antissépticos para pets, mas na falta deles é possível
usar um sabão neutro comum ou lenço de bebê;

6
– Quem tem gato deve evitar as saidinhas e manter o animal em casa sempre que
possível;

7
– Brinque bastante com o pet dentro de casa. Cães adoram correr em busca de
brinquedos. 

No caso dos gatos, é indicado disponibilizar arranhadores e usar
Feliway (versão sintética do feromônio felino FR, responsável pela sensação de
tranquilidade e segurança) ou Catnip (erva indicada para deixar gatos mais
tranquilos) para atraí-los para o objeto, uma vez que arranhar ajuda aliviar
estresse e ansiedade;

8-
Após as brincadeiras, lave bem com água e sabão os objetos como bolinhas,
bichinhos de borracha, entre outros;

9
– Não é recomendado dormir com seu pet e, por ora, evite beijos, abraços e
lambidas;

10
– E por último, mas não menos importante, higienize bem as mãos após os
passeios e interações com seu animalzinho.