Setor de serviços permanece com fortes perdas de emprego

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 7 de agosto de 2020 às 14:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:04
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Ainda assim, PMI mostrou melhora no mês e leva o índice ao maior patamar em cinco meses

A pandemia de Covid-19 continuou a pesar sobre o setor de serviços em julho e manteve a atividade em contração, com fortes quedas de novos trabalho e do emprego, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada na quarta-feira (5).

Ainda assim, o PMI do setor de serviços mostrou melhora no mês e reduziu o ritmo de contração a 42,5, de uma leitura de 35,9 em junho, o que leva o índice ao maior patamar em cinco meses.

Mas a atividade seguiu em queda, já que o índice permaneceu abaixo de 50, que separa crescimento de retração.

O resultado de serviços mostra contraste em relação ao desempenho da indústria, que registrou expansão recorde em julho, com melhora da demanda. 

Diante disso, o PMI Composto do Brasil permaneceu em território de contração em julho ao mostrar leitura de 47,3, mas acima da marca de 40,5 de junho e no melhor desempenho para o setor privado desde fevereiro.

Algumas empresas fornecedoras de serviços relataram que permaneceram fechadas em julho, com a demanda ainda prejudicada pelo coronavírus. Os clientes teriam se mostrado ainda hesitantes em se comprometer com novos contratos devido à incerteza generalizada e aos desafios de condução dos negócios.

Assim, o volume de novos trabalhos diminuiu pelo quinto mês consecutivo, embora tenha atingido o seu ponto mais fraco nessa sequência. Fatores semelhantes, segundo o IHS Markit, tiveram impacto no comércio para exportação, que caiu pelo sétimo mês consecutivo e mais do que em junho.

A falta de pressão sobre a capacidade somada à tendência negativa no volume de novos trabalhos levou as empresas, segundo a pesquisa, a reduzir ainda mais o número de funcionários em julho.


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